Na passada semana, houve futebol para todos os gostos, quase todos os dias um jogo diferente em países diversos. Semana de alegria para uns, de desilusão para outros, treinadores que saíram, outros que reforçaram a sua posição na equipa.
Como habitualmente, li os textos da liturgia deste domingo, procurei rezá-los e refleti-los para preparar o fim de semana. A mensagem fundamental, sobretudo na Primeira Leitura e no Evangelho é a de que Deus escuta aqueles que, em verdade se Lhe dirigem, sem fazer distinção de pessoas. Aparentemente o problema do Fariseu do Evangelho não é todo o bem que faz (essas ações não merecem qualquer crítica por parte de Jesus), mas o facto de estar tão orgulhoso do que já atingiu, que se esquece que isso é graça de Deus. A partir daí está a um passo de ficar tão “cheio de si” que já não tem espaço para que Deus entre verdadeiramente na sua vida.
Pelo contrário, o Publicano representa todos os que estando conscientes das suas limitações pedem que a Misericórdia do Pai entre nas suas vidas e os transforme (naturalmente para melhor). Poderíamos então dizer que o ser cristão depende mais diretamente da atitude de adesão interior a Deus do que do cumprimento de preceitos ou obrigações. Este cumprimento só se entende quando, anteriormente a pessoa optou por Jesus Cristo, por viver de acordo com o Evangelho.
Voltamos ao futebol. Numa palavra: ser Cristão é, antes de mais, “vestir a Camisola”. depois,… entramos em Campo!… e o Campo é a vida diária. Naturalmente que para rendermos, precisamos de “ir aos treinos”, reunir com o Treinador, para conhecer a Sua estratégia, intrusarmos-nos com os colegas de equipa e até rever a técnica individual. É isso que se passa em cada Eucaristia…
P.e Rui Barnabé