Eu sei que os livros são, cada vez mais, objetos arcaicos, sobretudo para os mais novos… há uns tempos, ouvi um comediante alemão a propôr que se explicasse às crianças que o papel vem das árvores e que, desta forma, um livro se pode considerar cool, porque é um conjunto de árvores tatuadas…
Mas vamos ao que interessa. A expressão que titula este texto – na mesma página – remete para comunhão de ideias, estratégias, interesses. Se dizemos, ou ouvimos alguém dizer, que não está na mesma página que esta ou aquela pessoa, compreendemos que as suas vidas não se cruzam, porque já não têm, ou nunca tiveram, nada a ver uma com a outra. Estar na mesma página significa, assim, relação, convergência, adesão.
Eu resumiria assim a temática da liturgia deste domingo: estar na mesma página de Deus, ou, se preferirem, “Sede Santos, porque Eu, o vosso Deus, sou Santo.”
Simples, não é? Pelo menos de entender… Desafiador? Sem dúvida! É por isso que continuo convencido que ser Cristão não é para todos… é só para quem quer! É que, só querendo, é que se pode dar o passo de aderir. Caso contrário, corremos o risco de nos tornarmos cristãos de ocasião… só aquela que nos convém… naturalmente…
P.e Rui Barnabé