As relações humanas são feitas de muito aspetos. Hoje destaco apenas a dimensão da proximidade ou da distância. Proximidade ou distância definem, de facto, a forma como vemos as outras pessoas: uns são desconhecidos, outros apenas conhecidos, outros amigos, outros “como se fossem família” e há também a família propriamente dita, que (nem que seja teoricamente) será o núcleo mais próximo das pessoas que nos rodeiam. Assim, a proximidade traduz-se em cumplicidade, entendimento, compreensão, apoio, perdão, se quisermos: Amor.
Se isto é verdade à nossa escala, também o é à escala internacional, mundial. Nos últimos dias, temos assistido novamente a atos de violência que distanciam dois dos grandes blocos culturais da atualidade: Ocidente e Médio Oriente. Aparentemente, parece tratar-se de uma guerra em nome de Deus. Na verdade, percebemos bem que os líderes do Oriente usam esse pretexto, mas o que esta guerra subterrânea faz é responder a ódios antigos muitas vezes motivados por questões económicas ou por aquilo a que os especialistas apelidam de “equilíbrio geo-estratégico” (na verdade trata-se apenas de saber quem tem capacidade de mandar mais no Mundo, sendo que, na maioria das vezes, não é um Povo ou uma Nação que ditam as atitudes de supremacia mas o ego de líderes frequentemente desequilibrados).
Estamos na presença de uma “guerra de mundos” em que a ignorância joga um papel decisivo. O desconhecimento provoca desconfiança, que provoca medo, que provoca violência… e o que que é que a Mensagem Cristã nos diz? É possível que as pessoas vivam como irmãs… é para esse objetivo (sonhado e ainda não realizado) para o qual somos chamados a contribuir.
P.e Rui Barnabé