Deus é três em um. A Festa de hoje recorda-nos que o Deus de Jesus Cristo se revelou como Pai, Filho e Espírito Santo. Significa isto que na unidade de um só Deus, convive a diversidade das três pesoas divinas que constituem a Santíssima Trindade.
Trata-se da conclusão natural a retirar depois de todo o Tempo Pascal, que terminámos no passado Domingo de Pentecostes. Jesus Cristo sempre se apresentou como Filho, sempre tratou Deus por Pai e até por Papá. Do alto da Cruz, entregou a Sua vida a esse mesmo Pai, ao qual, algumas horas antes, no Jardim das Oliveiras, pedia que Lhe desse coragem para assumir a Missão Redentora. Durante as aparições do Ressuscitado, o discurso amplifica-se. Fala de um Espírito que virá quando Ele subir aos Céus (Festa da Ascensão do Senhor). E o Espírito Santo desceu na manhã de Pentecostes. Hoje mesmo, no Evangelho, escutamos Cristo a dizer aos seus discípulos: ide e anunciai, batizai em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Sabemos que Deus é Trindade, exactamente porque o Filho nos apresentou a face paternal de Deus, nos indicou um Deus de Amor que permanece com os Crentes, que dinamiza as nossas qualidades humanas, que cataliza a vida da Igreja. A Igreja, que somos todos nós, vive à imagem deste Deus Comunidade. Por isso, os Cristãos são Comunitários. Não faz sentido viver sozinho e isolado. A partir do Batismo, essa possibilidade não está nos nossos genes. Se Deus, em si, se relaciona, como podemos nós fugir a essa possibilidade de relação?
Hoje, admitimos pessoas ao Batismo, à Mesa da Comunhão: fazem parte do nosso grupo, do Grupo dos que acreditam. Possibilitamos que outros, de forma festiva, renovem os seus compromissos de Fé. São sinais comunitários que nos ajudam a entender que a vida da fé, a vida da oração – a vida toda e completa – se vive em conjunto e em relação. Somos Cristãos, somos Trinitários, somos Comunitários.
P.e Rui Barnabé