Hoje é Dia da Santíssima Trindade. A conclusão natural para quem viveu intensamente os últimos meses, a começar já no Advento e no Natal e a culminar na Quaresma e Páscoa. O Pai enviou o Filho como manifestação máxima de Deus no meio das Pessoas (o Mistério do Natal). E esse Filho, Emanuel – que quer dizer Deus connosco, foi chamado Jesus – Deus salva; e apresentou-se à Humanidade, como Messias ou Cristo – o Ungido – que é o mesmo que dizer que marcado pela realeza de Deus. Passou fazendo o bem, morreu e ressuscitou por nós, subido aos Céus, e enviou o Espírito Santo (o Mistério da Páscoa). Porque Jesus veio, ficou então claro que o Deus único já revelado no Antigo Testamento, afinal é composto de três Pessoas, três faces de uma mesma individualidade: um Deus, podíamos dizer hoje em 3D. E essa imagem de 3D é tanto mais sugestiva, porque, como sabemos, as 3 dimensões (comprimento, largura e altura) são as propriedades daquilo que, visivelmente podemos provar que existe desde logo pela experiência sensível (todas as coisas da realidade visível têm estas propriedades). Também nós somos chamados a fazer experiência, agora já profundamente interna, simbólica, celebrativa (mas não por isso menos real) deste Deus que existe e que está connosco! Mais ainda, porque se trata de um Deus existente que não é individualista mas que se apresenta como Comunidade tão unida que se podem teoricamente distinguir a 3 Pessoas mas não se podem separar, temos já algumas pistas do que espera de nós. Espera que nos comportemos da mesma forma: como uma comunidade de Pessoas profundamente unida, marcada verdadeiramente pelo Amor, que, realmente é capaz de viver, celebrar e testemunhar a Fé que dá sentido à sua existência!
P.e Rui Barnabé